Reunião da Comissão de Articulação Formação e Trabalho

No dia 17/11, de forma remota por meio do Google Meet, foi realizada a reunião da Comissão de Articulação Formação e Trabalho (CAFT) que contou com a presença das Assistentes Sociais Zaira Alchieri e Rosana da Silva Neves da Maternidade Darcy Vargas e as Assistentes Sociais Franciele Lopes Alves, Maria do Rosário de Lima Oliveira (preceptoras), Marisa Camargo e Michelly Laurita Wiese (tutoras), Tayná Corrêa de Oliveira (residente do Serviço Social) e demais residentes do HU/UFSC para apresentar e debater a realidade da residência em Serviço Social nos Programa de Residência Multiprofissional da Maternidade Darcy Vargas e do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (RIMS).

Com relação ao Programa de Residência Multiprofissional Darcy Vargas, destaca-se que o Serviço Social possui uma vaga. Nos três processos seletivos abertos, nenhuma/um residente permaneceu até o final da formação. A residência não se vincula a nenhuma universidade, estando vinculada à Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina. As/os Assistentes Sociais desempenham atividades tanto de preceptoria como de tutoria, assumindo as dimensões da prática e da teoria, mesmo que não tenham uma formação específica para o processo teórico. Dentre as atividades e serem desenvolvidas na residência são: supervisão semanal individual para as/os residentes de Serviço Social; ministrar aulas e oficinas para as/os residentes de Serviço Social do eixo específico; ministrar aulas e oficinas para as/os alunas/os da residência multiprofissional no eixo transversal; aulas e oficinas conforme solicitação do Departamento de Ensino.

Mesmo diante dos desafios apontam que a residência é um espaço de formação que potencializa o trabalho multidisciplinar em saúde. Entendem que a carga horária semanal de 60 horas é muito pesada para as/os residentes e que é preciso ponderar que a vida está para além da residência. Atribuem à carga horária o principal motivo de desistência das residentes em Serviço Social. Diante da realidade apresentada as reflexões se pautaram na dificuldade e fragilidade da residência não estar vinculada a uma instituição de ensino; a sobrecarga de atribuições e atividades a serem desenvolvidas na residência na condição de preceptoras e tutora, aliada com as demais atividades da função específica no serviço de saúde; assumir responsabilidades pedagógicas sem apoio ou sustentação para desenvolver a referida atividade.

Com relação ao Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (RIMS), o mesmo se vincula ao Hospital Universitário da UFSC, consequentemente vinculado a referida universidade. No Serviço Social são seis vagas disponíveis em três áreas de concentração: Urgência e emergência (1 vaga); Alta complexidade (3 vagas) e Saúde da Mulher e da Criança (2 vagas). Possuem 11 preceptoras e duas tutoras. Os papeis de preceptora e tutoria estão mais definidos, mas isso não significa que não haja desafios a serem enfrentados.

Com relação aos desafios destaca-se a carga horária para as/os residentes de 60 horas semanais. Maior reconhecimento das atribuições e atividades desenvolvidas pelas preceptoras; ampliação de carga horária de ensino para as tutoras; maior proximidade de atividades entre preceptoras e tutoras; garantia de capacitação profissional; revisão das disciplinas teóricas (maior multidisciplinaridade); reconhecimento do adoecimento das/os residentes e profissionais (saúde mental).

Para finalizar, a análise é que os programas de residência tem potencialidade de uma formação ampliada para o Serviço Social e na saúde, mas ficou evidente que ter a universidade como eixo constituinte dos programas de residência é fundamental para garantir as bases de ensino, pesquisa e assistência.

Comissão de Articulação Formação e Trabalho

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