O Conselho Regional de Serviço Social de Santa Catarina, com o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina, realizou no dia de hoje (26/08/2019) o Seminário Estadual de Serviço Social e Direitos Humanos. O encontro contou com cerca de 220 participantes.
O evento cumpre uma das deliberações do 46º Encontro Nacional do Conjunto CFESS/CRESS, realizado em Brasília/DF no mês de setembro de 2017.
No período da manhã foi realizada a mesa de abertura composta por Miriam Martins Vieira da Rosa – A.S. Conselheira Presidente do CRESS 12ª Região, Professora Dra. Josiane Soares Santos – A.S. Conselheira Presidente do CFESS, Prof. Dr. Jaime Hillesheim – A.S. Chefe do Departamento de Serviço Social da UFSC, e por Larissa de Souza – Estudante de Serviço Social e representante da ENESSO.
Na sequência deu-se início a mesa principal, que teve como tema “Assistentes Sociais no Combate ao Racismo!”. A fala foi realizada pelas Assistentes Sociais Professora Dra. Josiane Soares Santos e Professora Dra. Magali da Silva Almeida e a mediação por Flávia de Brito Souza Garcia, A.S. Conselheira do CRESS 12ª Região.
Flávia ressalta que o Seminário trouxe para o centro do debate a população negra. “Portanto, em tempo de barbárie, resistimos alertando a categoria profissional sobre o compromisso com o combate ao racismo. Foi um evento com debates profícuos, com profissionais que abrilhantaram o encontro a partir das suas explanações, questionando principalmente o atual projeto de Estado genocida da população negra”. Avaliou Flávia.
No período vespertino, três Oficinas Simultâneas ocorreram em salas do Centro Socioeconômico:
Oficina LGBTfobia “O que o Serviço Social tem a ver com isso?”. A oficina foi mediada por Gabriela da Silva – Doutoranda pelo Programa de Pós Graduação em Educação da UFSC e Cofundadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Travestilidades, Transgeneridades e Transexualidades (NETRANS) e por Rodrigo Faria Pereira – Assistente Social, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFSC (PPGSS) e Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Serviço Social e Ralações de Gênero (NUSSERGE) da UFSC.
Para Natalli Pazini Silva, A.S. colaboradora da Comissão de Comunicação do CRESS e participantes da atividade, “a oficina foi provocadora e estimulante com atividades que nos possibilitaram refletir sobre o nosso papel na luta cotidiana de romper com a LGBTfobia”. “O CRESS acertou na escolha dos mediadores”, afirmou Natalli.
Oficina População em Situação de Rua: ações higienistas e de violência, mediada pela Professora PhD Rosana Sarmento.
Cleide Terezinha de Oliveira, A.S. Conselheira do CRESS e participante da atividade, avaliou que: “Na oficina População em Situação de Rua ficou claro que precisamos sair do nosso lugar cômodo de quem tem casa para voltar e compreender que na rua não há lugar para romantismo”.
Oficina Os Direitos das Pessoas com Deficiência e Políticas de Acessibilidade e Inclusão, Mediada pela Assistente Social Tatiane Bevilaqua (UFSC).
Eduardo de Oliveira Garcia, A.S. Coordenador do NUCRESS Norte e Vale do Itapocú e participante da oficina, avalia que: “É importante nossa capacitação para trabalhar com o público com deficiências, buscando a garantia de direitos dos mesmos. Nós, enquanto classe trabalhadora, trabalhando na perspectiva de garantia de direitos, temos que ter nosso viés e olhar crítico e construtivo na política pública das pessoas com deficiências”.
O evento também teve a brilhante intervenção cultural de Juliana Passos, que cantou lindamente na abertura do Seminário.
Miriam Martins Vieira da Rosa, Presidente do CRESS 12ª Região, avaliou que “o Seminário foi muito importante para profundar o debate sobre a questão racial e a incidência do trabalho do/a Assistente Social”. “O encontro contou com grande participação de estudantes e profissionais de serviço social”, conclui Miriam.
Mayara Camila Furtado, Conselheira do CRESS 12ª Região, afirma que: “Saímos do evento com a sensação de dever cumprido. O rico debate proporcionado na mesa da manhã e complementado pelas oficinas, possibilitou a categoria refletir sobre o exercício profissional e as atribuições do Serviço Social na defesa dos Direitos Humanos”. “Abordar tais temas, na atual conjuntura, é um símbolo de resistência e também necessidade constante do Serviço Social de construir coletivamente saídas para enfrentar os desmontes dos direitos da classe trabalhadora a qual pertencemos”. Avaliou Mayara.
Comissão de Comunicação – CRESS 12ª Região
Texto e Fotos: Cassiano Ferraz – Assessor de Comunicação CRESS 12ª Região