Reforma da Previdência e Cidadania

Acredito que o catarinense não deve ficar alheio, apático as movimentações do governo federal para implantar a chamada “Nova Previdência”. As propostas referentes a reforma da previdência poderão ocasionar muitos impactos para os trabalhadores e suas famílias, desta forma, é preciso analisar, avaliar, decodificar interesses e os termos que permeiam a proposta, especialmente a diferença entre um sistema de previdência solidário de repartição e um sistema de previdência de capitalização individual.

As propagandas referentes a nova previdência aparecem com “carregada maquiagem” no objetivo de esconder, minimizar as perdas de direitos para o trabalhador. A história sinaliza que eventos inerentes a vida humana como a viuvez, a orfandade, a maternidade, a prisão, a velhice, a doença ou acidentes que retiram do trabalhador a capacidade de trabalho não podem ser enfrentados de forma individual mas na coletividade, no conjunto, desta forma, entendo que o sistema de previdência solidário de repartição é mais apropriado para os trabalhadores.

Compreendo que a chamada “nova previdência” proposta pelo atual governo é um retrocesso, uma involução. As famílias brasileiras ficarão mais pobres e  com menos renda também terão dificuldades para socorrer seus membros mais fragilizados economicamente.

Enquanto trabalhadores devemos procurar nos inteirar da proposta realizada, exercer nosso papel de cidadão, buscar informações das consequências da  nova previdência para nossa pessoa e família porque se deixarmos as coisas acontecerem em breve ficaremos de “mãos vazias”, sem proteção social pública, a previdência se tornará mais uma mercadoria restrita a poucos, aos de poder aquisitivo mais elevado.

Andréia Espíndola – Assistente Social (Palhoça/SC)

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